Um dispositivo sensor vestível embutido em uma luva de borracha sintética capaz de detectar resíduos de pesticidas em alimentos foi criado por cientistas da Universidade de São Paulo. O trabalho foi apoiado pela FAPESP, idealizado e liderado pelo químico Paulo Augusto Raymundo Pereira.
O dispositivo tem três eletrodos, que foram impressos na luva por meio de serigrafia, com uma tinta condutora de carbono, capaz de identificar as substancias.
A análise pode ser feita diretamente em líquidos, apenas mergulhando a ponta do dedo contendo o sensor, e também em frutas, verduras e legumes, basta tocar na superfície do alimento, desde que esteja molhado.
Na luva criada pelo grupo, cada dedo é responsável pela detecção eletroquímica de uma classe de pesticida. A detecção é feita em um minuto na interface entre o sensor e a solução.
O método preserva o alimento, permitindo o consumo após a análise. A luva não tem prazo de validade e pode ser usada enquanto não houver danos nos sensores. E segundo o pesquisador custo do dispositivo criado é baixo.