A arara-azul é tema constante de estudos por biólogos, devido à ameaça de extinção e curiosidades como cuidados intensivos dos pais por três meses antes de ganhar voo.

Graças a um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros no Pantanal e, em menor escala, no Cerrado, foi possível mapear os principais estágios de desenvolvimento de aproximadamente 400 filhotes da espécie, que vivem livremente na natureza.

Durante 30 anos, de 1991 a 2021, a bióloga Neiva Guedes, da Universidade Anhanguera, de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, e seus colaboradores monitoraram 473 ninhos naturais e 415 artificiais (feitos pelos próprios pesquisadores) que abrigavam aves recém-nascidas.

A grande novidade é a confirmação da existência de araras-azuis anãs, cujo peso e comprimento total são cerca de um quinto menor em relação à população total da espécie. Ou seja, são anãs. A cauda das araras anãs também é 70% menor do que a dos exemplares de tamanho considerado normal.