Os povos indígenas estão usando o WhatsApp para identificar a concentração de mercúrio em peixes do Rio Pixaxá.
O trabalho é resultado de um projeto do Instituto Kabu em parceria com a empresa Unyleya Socioambiental, que faz o monitoramento da fauna aquática local para o povo Kayapó.
São dez monitores de povos indígenas, além de três técnicos e um coordenador do Instituto. Os monitores relatam as pescas do dia, volume, tamanho e espécies de peixes encontrados para que especialistas entendam mais sobre a situação do Rio, além de auxiliar habitantes locais.
O projeto de monitoramento foi impulsionado pelos próprios Kayapós, que queriam entender mais sobre o impacto da mineração no ecossistema aquático local. Um estudo realizado em 2018 justifica as preocupações. A tese feita na Universidade Federal do Pará comprovou que alguns rios da região possuem peixes com altas concentrações de mercúrio — que excedem os valores considerados seguros pela OMS e pela ANVISA.