A digitalização de peças arqueológicas vem permitindo que ceramistas do Pará produzam trabalhos em sintonia com a arte de antigas comunidades indígenas brasileiras.
Um acervo em 3D – produzido por um estúdio belga – está disponível para consulta no Museu Emílio Goeldi, em Belém. Ao mesmo tempo, um projeto busca reproduzir, através de uma impressora 3D, peças ancestrais.
Inicialmente, o projeto estava voltado para a reunião de objetos do Museu Nacional e tinham sido escaneados ao longo de 20 anos antes do incêndio de 2018. Posteriormente, passaram a incluir no acervo imagens 3D de peças cerâmicas ancestrais da cultura marajoara que estão dispersas pelo mundo.
Segundo a artista visual Anita Ekman a digitalização 3D possibilita um repatriamento simbólico. Há parcerias com diferentes museus internacionais, além de oito museus brasileiros, como o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo.