Tudo aquilo que fazemos que ao invés de nos aproximar dos nossos objetivos, nos afasta deles é autossabotagem.
Por exemplo, podemos ter um objetivo de médio/longo-prazo que, para ser alcançado, precisa de pequenas ações diárias no curto prazo. No entanto, em nome de um prazer mais imediato, não cumprimos com tais ações, e a cada ação não cumprida, nos afastamos daquele sonho (exemplo: perder peso).
Em outro exemplo, muitas vezes queremos deixar relacionamentos que nos fazem mal para ficarmos disponíveis para aqueles que, potencialmente, nos farão mais felizes e, apesar disso, continuamos dizendo “sim” repetidas vezes ao relacionamento ou pessoa que não nos serve.
Por que nos autossabotamos?
É preciso entender um pouco de Psicologia para falar sobre isso.
Em primeiro lugar, tenhamos em mente que absolutamente todo comportamento tem um fim, um objetivo. Não fazemos nada na vida “porque sim”. Sempre fazemos algo com algum objetivo em mente, ainda que inconsciente.
No geral, este objetivo é eliminar uma dor e alcançar um prazer. Logo, embora chamemos comportamentos que “jogam contra a gente” de autossabotagem, é preciso ter em mente que, em alguma instância inconsciente, ele está “jogando a nosso favor”.
Vejamos o primeiro exemplo, a perda de peso. Se a cada garfada no cheesecake de chocolate ou a cada mordida naquela fatia de pizza deliciosa ganhássemos imediatamente 2 quilos na balança? Dificilmente nos permitiríamos “pequenos excessos”.
No entanto, a fome que passamos hoje é para perder peso daqui a pelo menos 7 dias – e o peso que ganhamos por nos permitirmos aquele bocado a mais também é para daqui a pelo menos 7 dias. Logo, o prazer imediato da garfada vai ganhar sempre se a outra opção for a privação que dará resultado lá na frente.
O mesmo ocorre com relacionamentos tóxicos e abusivos. É verdade, ele (ou ela) não quer compromisso, já nos disse que não está aberto(a) para o casamento, não quer filhos, e isso vai contra tudo aquilo que queremos.
Mas temos zero garantia de que se terminar o relacionamento imediatamente surgirá outra pessoa querendo compromisso, filhos e casamento. E agora o que temos é o abraço, o beijo, o carinho do que está indisponível emocionalmente – e que é tão bom!
Se levarmos em conta a mesma equação de que todo comportamento tem um propósito, e que em termos bem simples o propósito é eliminar dor e gerar prazer, o que você acha que nosso cérebro nos levará a escolher?
A solução para acabar com a autossabotagem
Em primeiro lugar, é importante compaixão com as nossas humanidades. Sim, somos humanos, somos falhos, fazemos escolhas que não nos convém… Sim, nos autossabotamos inúmeras vezes. Eu, você e todos nós!
1. Amor-própio
Nos culparmos pela autossabotagem não resolverá de nenhuma maneira o problema. Muito pelo contrário. Diminuirá nossa fé em nós mesmos e nossa crença em nossa capacidade de vencer desafios difíceis. Portanto, amor consigo mesmo é o primeiro passo.
2. Um dia de cada vez
Em seguida, é importante encarar todos os dias como fazem nos alcoólicos anônimos. Literalmente, um dia de cada vez.
Literalmente, só hoje. Só hoje você vai recusar aquele pedaço de bolo. Só hoje você não vai ligar para ele/ela. Só hoje você vai para a academia. Só hoje você vai agir de forma que te beneficie. Só hoje você vai escolher o caminho mais difícil. Só hoje você vai se distrair diante da tentação e vai ver como é dizer não para ela.
Só hoje.
3. Pequenas ações todos os dias
Afinal de contas, 20, 30, 40 anos ou mais, nada mais são do que uma sequência de “só hojes”. E o que a gente quer é que, no final das contas, a sequência de pequenas ações diárias que te favorecem te aproximem do seu objetivo, ao invés de deixar que as pequenas ações que te prejudicam te afastem dele.
Por Marcia Fervienza
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