Julho é o mês da campanha Julho Sem Plástico, que começou lá no Reino Unido em 2011 e se espalhou mundialmente com a hashtag #plasticfreejuly. No Brasil usamos a hashtag #julhosemplastico. Embarcamos nessa campanha pela magnitude do problema e a urgência de soluções para salvar nosso planeta!
Segundo dados do Banco Mundial, o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico no mundo, com 11,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China e Índia. Desse total, mais de 10,3 milhões de toneladas foram coletadas (91%), mas apenas 145 mil toneladas (1,28%) são efetivamente recicladas, ou seja, reprocessadas na cadeia de produção como produto secundário. Esse é um dos menores índices da pesquisa e bem abaixo da média global de reciclagem plástica, que é de 9%.
“Nosso método atual de produzir, usar e descartar o plástico está fundamentalmente falido. É um sistema sem responsabilidade, e atualmente opera de uma maneira que praticamente garante que volumes cada vez maiores de plástico vazem para a natureza”
afirma Marco Lambertini, Diretor-Geral do WWF-Internacional.
Segundo o estudo lançado pelo WWF, o volume de plástico que vaza para os oceanos todos os anos é de aproximadamente 10 milhões de toneladas, o que equivale a 23 mil aviões Boeing 747 pousando nos mares e oceanos todos os anos – são mais de 60 por dia. Nesse ritmo, até 2030, encontraremos o equivalente a 26 mil garrafas de plástico no mar a cada km2.
Segundo a ONU Meio Ambiente, isso poderá resultar em mais plástico do que peixes nos oceanos até 2050.
Estima-se que os resíduos plásticos existentes nos solos e rios seja ainda maior do que nos oceanos, impactando a vida de muitos animais e contaminando diversos ecossistemas, abrangendo agora os quatro cantos do mundo – inclusive a Antártida.
As soluções para esse problema devem envolver todos os setores da sociedade – governos, indústrias, empresas, organizações do Terceiro Setor e indivíduos – assim como todas as etapas do sistema: produção, consumo, descarte, tratamento e reuso do plástico.
Precisamos de todos envolvidos e nossa participação individual é muito importante também!
Fonte: WWF