A queda e a oscilação de energia são o terror para quem usa computador. Agora, cientistas da USP anunciaram um sistema inovador, com grafeno, que preserva a memória do computador mesmo quando a energia cai.
Os pesquisadores brasileiros provaram que é possível evitar prejuízos de trabalho e ainda recuperar o que não foi salvo. O projeto saiu do Instituto de Física, onde foi desenvolvido um mecanismo de memória a partir de materiais nunca antes combinados.
O protótipo consiste numa camada de grafeno depositada entre contatos de Iton — um semicondutor ainda pouco pesquisado — e de alumínio, como um sanduíche. A eletricidade passa por ele gerando um campo eletromagnético.
Dependendo da tensão, forma-se ou não um filamento responsável pelo fenômeno de comutação resistiva, de alta e baixa resistência. Esta nova maneira de fabricar memórias computacionais teve o pedido de registro aceito pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) em novembro de 2022.